IBLIOTECA ROCHA PEIXOTO Aí, onde não alcançam nem o poeta nem a leitura, o poema está só. Manuel António Pina Nestas estantes dormem em repouso Palavras e palavras solitárias Romances poesias coisas várias Histórias que contar eu já nem ouso. Estavas tu também lá certo dia E lias o teu livro livremente. Lias linda de Vergílio o "Para Sempre", Lias livre qual lua luzidia. E ignorar teus olhos eu não pude Porque os sabia tristes e sozinhos Por ti então perdi-me nos caminhos E procurei em vão uma alma rude. Agora nem palavra nem morfema Fiquei só numa estante como poema Nuno Azevedo nasceu em 1991, na Póvoa de Varzim. É licenciado em Línguas e Relações Internacionais e Línguas Literaturas e Culturas. Atualmente cursa o mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e desenvolve a tese intitulada "A Influência do Barroco em Daniel Jonas". Publicou o livro Ardentia (2016), que foi vencedor do Prémio Fundação Dr. Luís Rainhas Correntes d´ Escritas 2016.
Carla Chaim nasceu em São Paulo, em 1983. Vive e trabalha em São Paulo e, atualmente, é representada pela Galeria Raquel Arnaud.
É formada em Artes Visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, 2004, onde também realizou a Pós-graduação em História da Arte, 2007. Recebeu diversos prêmios, como, em 2015, o Prêmio CCBB Contemporâneo e o Prêmio FOCO Bradesco ArtRio, ambos no Rio de Janeiro, e, em São Paulo, em anos anteriores, o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea e Prêmio Energias na Arte, no Instituto Tomie Ohtake, onde participou também das exposições Os primeiros dez anos, 2011, e Correspondências, 2013. Participou de residências artísticas como: Arteles, Finlândia, 2013; Halka Sanat Projesi, Turquia, 2012; The Banff Centre for the Arts, Canadá, 2010. Fez, em 2014, sua primeira individual em Lisboa, no Carpe Diem Arte e Pesquisa, e participou de exposições como Afinidades, no Instituto Tomie Ohtake, e Entre dois mundos, no Museu Afro-Brasil, em São Paulo, Brasil. Sua obra faz parte de coleções como Ella Fontanals-Cisneros, Miami, EUA; Museu de Arte do Rio – MAR, RJ, Brasil; e Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, Brasília, Brasil. A Galeria Raquel Arnaud apresentou a exposição individual Pesar do Peso em 2014. Site da artista. Quiseste-me e depois foste desmoronando glóbulo a glóbulo alteraste sistemas rebentando artérias devassaste lugares deixando vestígios de razão como sobram nas neves mais eternas as latas de cerveja os restos do fiambre em papéis suados de gordura é urgente fuzilar inúteis o que invade e destrói o nosso próprio concentrado campo lógicas ordenam e revelam organizam as cinzas do que não se mede atrevem-se a manchar sítios remotos o que de cada ser faz parte incerta na deriva real da procura tentam riscar sagrados hipotálamos com o ponteiro dos factos a geometria a que te condenaste vai encerrando os dados que precisas para jogos de risco, outras encantações e sempre mais couraças inerme comandado por regras brutas como escamas de aço suturas bolas de natal sem perceber que pouco tempo existem irisadas subitamente estalam. In Vida Extenuada (2007). Fátima Maldonado nasceu em Santo Amaro, no munícipio de Sousel, em 1941. Trabalhou como jornalista e crítica literária do jornal Expresso. Escreveu seu primeiro livro, Cidades Indefesas, em 1980. Depois publicou Os Presságios (1983), Selo Selvagem (1985), A urna no Deserto (1989), Caça e persuasões (com Paula Rego, 1991), Cadeias de Transmissão (1999), Vida Extenuada (2007) e Lava de Espera (2014).
Ana Jotta nasceu em 1946, em Lisboa, onde vive e trabalha. Atualmente é representada pela Galeria Miguel Nabinho.
Frequentou a Faculdade de Belas Artes de Lisboa e ingressou posteriormente na École de Arts Visuels et d'Architecture de l'Abbeye de la Cambre, em Bruxelas. Participa de diversas exposições coletivas, nacionais e internacionais, das quais destacamos: Só é possível se formos 2. Centro de Artes, Sines (2007); Taking Time. MARCO, Vigo, Espanha (2007); Jardim Aberto, 5 Out. Palácio de Belém, Lisboa (2007); Por entre as linhas. Museu das Comunicações, Lisboa (2007); Transfert, obras do CAMJAP em itinerância. Tavira (2007); Anos 80, uma topologia. Museu de Serralves, Porto (2007); ARCO 07. Lisboa 20 Arte Contemporânea, Madrid (2007); ART Fab. St. Tropez, França (2006); En Voyage. Le Plateau, FRAC –Ile de France, Paris (2006); Caminos. Arte Contemporâneo Português, Colección Caixa Geral de Depósitos – Adquisiciones 2005/2006. CBA, Madrid (2006); ARCO 06. Lisboa 20 Arte Contemporânea, Madrid (2006) e O Contrato Social. Museu Bordalo Pinheiro, Lisboa (2005). Individualmente, realizou as mostras Luna Park. Lisboa 20 Arte Contemporânea, Lisboa (2006); Rua Ana Jotta, Retrospectiva. Museu de Serralves, Porto (2005); Fora de portas. Galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa (2005); Ana Jotta, pintura, pintura. Galeria Filomena Soares, Lisboa (2005); Amor vacui. Lisboa 20 Arte Contemporânea, Lisboa (2003); Monoparental. Galeria Quadrado Azul, Porto (2002); Haverá Vida depois do Trabalho? Galeria Módulo, Lisboa (2001) e Lição no 11 e Lição no 12. Galeria Alda Cortez, Lisboa (1995). Partida Naquele dia, eu te dei as costas com a naturalidade de quem partia por pura vontade. Se olhasse para trás, teria sido fatal. Nunca fui a mulher de Lot pra virar estátua de sal. Mara Senna nasceu em 1963, na cidade de Araxá. É graduada em Odontologia e pós-graduada em Periodontia pela FORP - USP. Escreve poesia e publicou os livros Luas Novas e Antigas (2009), Ensaios da Tarde (2012) e Eternidades na Palma da Mão (2015).
Site da autora. Albano Afonso nasceu em São Paulo, em 1964. Vive e trabalha em São Paulo. Atualmente é representado pela galeria Casa Triângulo. É bacharel em Artes, FAAM - Faculdade de Artes Alcântara Machado, São Paulo.
Participa de diversas exposições, nacionais e internacionais, das quais destacamos as mais recentes: Saideira. Casa Triângulo, São Paulo (2015); 10ª Bienal do Mercosul - Mensagens de Uma Nova América. Porto Alegre (2015); TRIO Bienal - Tridimensional Bienal do Rio - Quem disse que amanhã não existe? Rio de Janeiro (2015); Paisagem Opaca. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo (2015); Ichariba Chode, Brazilian Contemporary Art. Plaza North Gallery, Saitama, Japão (2015); Fine Art Laboratory/FA. Musashino Art University Gallery, FAL, Tóquio, Japão (2015); O espírito de cada época. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil (2015); Matérias do Mundo. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo (2015); Retroprospectiva: 25 anos do Programa de Exposições do CCSP. Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2015); Beleza? Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2015); Coleção Itaú Cultural de Fotografia Brasileira. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto (2014); Traços Contemporâneos. Picta Escritório de Arte, Joinville, Brasil (2014); Sur nouvelles narratives. Château de Fernelmont, Fernelmont, Bélgica (2014); O artista e a bola. Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo (2014); Casa Triângulo no Pivô. Pivô, São Paulo (2014); Coleção Itaú de Fotografia Brasileira. Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Fortaleza (2014); Eclipse – I Mostra de Arte Contemporânea Brasil/ Japão. Pinacoteca Municipal, São Caetano do Sul, Brasil (2014); Entre Dois Mundos – Arte Contemporânea Japão-Brasil. Museu Afro Brasil, São Paulo (2014) e Duplo Olhar- Coleção Sérgio Carvalho. Paço das Artes, São Paulo (2014). Individualmente, realizou as mostras Self Portrait as Light. 21c Museum, Louisville, EUA (2015); Self Portrait as Light. Contemporary Arts Center e 21c Museum, Cincinnati, EUA (2015); Across the Universe part I. Contemporary Arts Center, Cincinnati, EUA (2015); Across the Universe part II. Contemporary Arts Center, Cincinnati, EUA (2015); Anatomia da Luz. Casa Triângulo, São Paulo (2014); Anatomia da Luz. Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro (2014); Amor Fati. Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi, Ribeirão Preto (2014) e O Homem Luz - Viva o Nosso Reis. CarpeDiem arte e pesquisa, Lisboa (2014). miguel ângelo deitar fora da pedra tudo o que não é necessário esculpir por subtração domar não mutilar o mármore desbrutá-lo cuspir um construto corpo portátil e poder não carregá-lo In rachar átomos e depois (2016). Ricardo Escudeiro nasceu em 1984, em Santo André. É graduado em Letras, pela Universidade de São Paulo e prepara projeto de mestrado com interesse em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. É professor do ensino fundamental e médio. Publicou poemas em revistas literárias como a Mallarmargens, Nefelibata e na portuguesa Flanzine. Publicou os livros de poesia tempo espaço re tratos (2014) e rachar átomos e depois (2016), ambos pela Patuá.
Site da editora Patuá. Joana Escoval nasceu em 1982, em Lisboa. Atualmente é representada pela Galeria Vera Cortêz.
É formada em Belas Artes pela FBAUL, Lisboa, estudou na Accademia di Belle Arti di Firenze, em Florencia, e em UMA, na Ilha da Madeira. Participa de diversas exposições coletivas, nacionais e internacionais, das quais destacamos as mais recentes: CIDRA DA LUZ ESCOVAL MANSO MENDES ROMÃO SENA. Ar Sólido, Lisboa (2015); Finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2015. Museu da Eletricidade, Lisboa (2015); Elapse/End. Maisterravalbuena, Madrid (2015); Le Lynx ne connaît pas de frontiêres / The lynx knows no boundaries. Fondation d’entreprise Ricard, Paris (2015); Europe, Europe. Astrup Fearnley Museet, Oslo (2014); Le petit Lenormand (cartomancia e probabilidade). Vera Cortês Art Agency, Lisboa (2013); Bes Revelation 2012. Bes Arte & Finança, Lisboa (2013); Bes Revelation. Serralves Museum of Contemporary Art, Porto (2012) e The Sound. Museu Nogueira da Silva, Braga (2012). Individualmente, realizou as mostras Whirlpools. Vera Cortês Art Agency, Lisboa (2014); Outlaws in Language and Destiny. Parkour, Lisboa (2013); Mother Wild. Halfhouse, Barcelona (2011); De tempos a tempos a terra treme / De temps en temps la terre tremble. Galeria Baginski, Lisboa (2011) e Onde no mundo inteiro / Where in the entire world. Tapada das Necessidades Greenhouse, Lisboa (2011). Site da artista. A verdade é que a pessoa que em mim sente está mentindo. O carbono das palavras. (Zaratustra comia beterraba ou couve-flor roxa.) Hoje rasguei em pequenos pedaços a SEDA DO ALFACE. Retalhos irregulares. Quais as pessoas que não eu têm consciência que representam não ser o que são? In Embrulho Líquido (2012). Bianca Lafroy nasceu em Curitiba, em 1975. Cursou Jornalismo, mas desistiu no terceiro ano. Escreve poesia e ficção. Publicou o livro Embrulho Líquido (2012).
Site da Revista Zunái. Nelson Felix nasceu em 1952, no Rio de Janeiro. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Atualmente é representado pela Galeria Millan.
Participa de diversas exposições coletivas, nacionais e internacionais, das quais destacamos as mais recentes: O artista e a bola. OCA - Museu da Cidade, São Paulo (2014); As tramas do tempo na arte contemporânea: Estética ou poética?. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP (2013); Entre Trópicos - 46º05’: Cuba / Brasil. CAIXA Cultural, Rio de Janeiro (2012); Aberto Brasília. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília (2011); 6ª VentoSul. Bienal de Curitiba, Curitiba (2011); Diversidade e Afinidades: Universo x Reverso. ECCO, Brasília (2010); Bienal na Tomie. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2010); 80/90 Modernos, Pós-Modernos Etc. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2009) e 6x6 Aquisições Prêmio FUNARTE Marcantônio Vilaça. ECCO, Brasília (2009). Individualmente, realizou as mostras Flautas e Cactus. Galeria HAP, São Paulo (2014); Verso. Galeria Millan, São Paulo (2013); Verso (meu ouro, deixo aqui). Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2013); Concerto para Encanto e Anel. Instituto Oi Futuro, Rio de Janeiro (2011); Cavalariças. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro (2009); Galeria HAP, Rio de Janeiro (2009); Projeto 4 Cantos (terceira parte). Karratha, Austrália (2008); Projeto Olhando Cavalariças. Reyjavick, Varmalid, Hekla, Islândia (2008); Desenhos para Camiri, SPArte. Galeria HAP, São Paulo (2007); Projeto 4 Cantos (segunda parte). República Dominicana e Anguilla (2007); Projeto 4 Cantos (terceira parte). Dong-sha, Taiwan (2007) e Manuel Macedo Galeria de Arte, Belo Horizonte (2007). Site do artista. |